quarta-feira, 22 de março de 2017

ARQUITETURA E PSICOLOGIA - O QUE É TERAPIA DE AMBIENTES?

O que é e porquê aplicar a Terapia de Ambientes em sua casa ou ambiente de trabalho.


Como funciona a Terapia de ambientes
A Terapia de ambientes é a união de conhecimentos técnicos que propõe - através da prática da arquitetura e do design de interiores - projetar e modificar ambientes de maneira funcional e subjetiva, objetivando valer-se das sensações que materiais, cores, texturas e volumes podem despertar nos usuários, para tornar os ambientes mais adequados ao uso e/ou facilitar sua apropriação.
Muitas vezes, estes conhecimentos são atrelados a práticas empíricas, como o Feng Shui – técnica que busca o equilíbrio do ambiente através da disposição de mobiliário, iluminação, circulação (áreas livres), presença de vegetação, e aspectos sensoriais - visando tornar o espaço mais harmonioso.


Foto: Divulgação
Espaços Funcionais e bem aproveitados
A harmonia dentro de um cômodo é facilmente percebida quando ele é bem organizado – o mobiliário é disposto adequadamente, não existe acúmulo de objetos em cima das superfícies, e a circulação de pessoas é fluida e confortável.
Por isso, o planejamento de interiores é fundamental para criar espaços funcionais – onde se prevê a disposição de móveis e áreas para exercer determinadas funções, pensando também em locais para guardar objetos necessários para as atividades. Assim, é possível manter o ambiente sempre “limpo” – tanto sob aspectos de higiene, quanto visuais.
Essa “visão harmônica” do ambiente proporciona bem-estar aos usuários, que conseguem realizar suas atividades de forma agradável e eficiente. 

Produtividade em ambientes de trabalho
Foto: Divulgação
Em espaços de trabalho é comum a associação do ambiente à situações de estresse, negatividade e mau-humor. Para evitar que isso gere um “clima” desagradável na empresa, diminuindo a eficiência dos funcionários que não se sentirão bem enquanto trabalham, é importante que os espaços internos atendam, além dos quesitos de funcionalidade e organização, a outras estratégias que podem dar a sensação de maior positividade, e que estimulem a criatividade, produtividade, e o entrosamento da equipe.
Neste aspecto entra o uso de cores, texturas e materiais que afora os benefícios citados, melhoram ainda a imagem da empresa e sua relação com os clientes.
Materiais como pedras e pisos cerâmicos dão ao ambiente uma linguagem mais elegante, fria e severa, de pouca apropriação. Outros como a madeira e elementos têxteis, considerados materiais quentes, trazem maior aconchego ao ambiente. Por isso, a utilização de materiais frios é mais indicada em ambientes “neutros”, como halls de entrada, salas de reunião e afins – para passar uma imagem sólida da empresa, enquanto materiais quentes são mais indicados para áreas de permanência dos funcionários.
É evidente que o planejamento do ambiente de trabalho considera também que o “acolhimento” do local deve ser limitado, já que o bom desempenho de tarefas deve ser o principal estímulo. Para isso, planeja-se também a luminosidade de forma que seja apropriada às atividades através de pontos focais adequados, e utiliza-se de cores que propiciem a produtividade.

A influência das cores
As cores são elementos de estímulo imediato para o cérebro humano, podendo influenciar o estado psicológico de várias maneiras. Esta característica permite que o uso das cores certas em um ambiente interfira no comportamento dos usuários. 
Foto: Divulgação
Cores clara, próximas ao branco, e o próprio branco sugere uma imagem simplista que evoca pureza, sobriedade e neutralidade. Em excesso, podem inferir em frieza e esterilidade.
As cores quentes, como amarelo, vermelho, laranja e alguns tons de rosa e roxo – induzem a um comportamento ativo do intelecto e do corpo, estimulando o entusiasmo, a concentração, comunicação, criatividade, paixão, o apetite e o lúdico. Deve-se tomar cuidado com a quantidade de cores quentes empregada, especialmente o vermelho, pois em excesso pode dar ao ambiente um aspecto agressivo e hostil, propendo para a irritabilidade e cansaço dos usuários.
Já as cores frias, como azul, verde e lilás, evocam sensações de harmonia, conservadorismo, calma, boa sorte, serenidade e de contato com a natureza, sendo ideias para ambientes de descanso ou que exijam paciência nas atividades a serem desenvolvidas. Seu uso em demasia pode gerar sonolência e monotonia. Por fim, cores muito escuras, tons de cinza e preto, estimulam a percepção de solidez, segurança, elegância e respeito, sendo muito utilizadas na imagem corporativa.

Equilíbrio entre conceitos
Na hora de planejar um ambiente é importante observar que trata-se de um conjunto de elementos que formará um todo harmonioso. O primeiro passo é garantir que ele seja funcional, e para a decoração não existe receita única – de acordo com as sensações que se pretende estimular, é possível se utilizar de diferentes cores e materiais que, em conjunto, darão ao local personalidade única. 

Referências:

FONTOURA, Aline Wolff. Por que fazer Feng Shui em ambientes? 2015. Disponível em: <http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=42&Cod=1868>. Acesso em: 15 mar. 2017.

TEORIA DAS CORES. Psicologia das cores. 2017. Disponível em: <http://www.teoriadascores.com.br/psicologia-das-cores.php>. Acesso em: 15 mar. 2017.

REDAÇÃO Fórum da construção. As vantagens do Feng Shui na arquitetura corporativa. 2017. Disponível em: <http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=42&Cod=1977>. Acesso em: 15 mar. 2017.


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