quarta-feira, 26 de abril de 2017

O QUE É ALVENARIA ESTRUTURAL?

Conheça a Alvenaria Estrutural, como funciona o sistema construtivo e quais suas vantagens e desvantagens.


Uma construção autoportante
O termo “alvenaria estrutural” refere-se a um sistema construtivo onde as paredes exercem o papel não apenas de vedação, mas também de estruturação do edifício, suportando a carga das próprias paredes e demais elementos, como lajes, telhados, mobiliário, e outros.
Introduzida no Brasil na década de 60, atualmente a Alvenaria Estrutural é amplamente utilizada, especialmente para construção de residências e prédios habitacionais de pequeno porte (até 04 pavimentos).

Foto: Divulgação.

Construindo com alvenaria estrutural
O sistema construtivo é basicamente composto por blocos de concreto ou cerâmica, vazados e assentados regularmente com argamassa. Quanto à função estrutural, divide-se 02 tipos:
- Alvenaria Estrutural não Armada: não apresenta pilares e vigas, apenas a união dos blocos gera a estabilidade estrutural necessária.
- Alvenaria Estrutural Armada: Nos pontos críticos, como as quinas e apoios de lajes, é utilizada armadura entre os vazios dos blocos, envolvidas por graute, para garantir a absorção dos esforços e tornar a edificação estável.
É importante destacar que para garantir a estabilidade estrutural do sistema todos os blocos devem ser bem assentados, sem que hajam quebras ou rachaduras. Por isso, o projeto da edificação deve prever utilização dos blocos apresentando medidas compatíveis com suas dimensões, o tornando um módulo básico na concepção espacial. 

Instalações hidráulicas, elétricas e sanitárias 
Os vazios verticais configurados pela conformação dos blocos não apenas diminuem a necessidade de argamassa para assentamento, mas tem como função fundamental permitir a passagem de tubos, eletrodutos e demais infraestruturas de instalações sem comprometer a própria integridade.

Vantagens e Desvantagens do sistema construtivo
O emprego da alvenaria estrutural na construção civil resultado em uma série de benefícios, como: 
– Fácil execução;
– Técnica executiva simplificada;
– Facilidade de treinamento da mão-de-obra;
– Organização do processo de produção;
– Integração com os sistemas de instalações elétricas e hidrossanitárias;
– Redução nas formas, consumo de aço e concreto;
– Menor geração de resíduos e redução do desperdício de materiais;
– Redução de cerca de 30% do custo total da obra (levando em conta a diminuição do desperdício, menor necessidade de insumos e materiais);
Por outro lado, a alvenaria estrutural tem por conseguinte alguns aspectos negativos, principalmente a restrição indireta de futuras mudanças, intervenções e ampliação da edificação - já que não é possível alterar paredes sem prejuízo da estabilidade do prédio.

Referências:
http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=7&Cod=1927


quarta-feira, 19 de abril de 2017

PROJETO HIDROSSANITÁRIO – INSTALAÇÕES SEGURAS E CONSUMO EFICIENTE

O que é um Projeto Hidrossanitário, qual sua importância e suas vantagens para a execução de obras.


Por que elaborar um Projeto Hidrossanitário?
O Projeto Hidrossanitário visa planejar a instalação do conjunto de canalizações, aparelhos, peças e acessórios que formam o sistema hidráulico-sanitário, que propicia desde o suprimento de água limpa até o afastamento de águas servidas ou pluviais. Um projeto bem elaborado garante a funcionalidade no uso destas instalações, evitando problemas como falta de pressão, de vazão ou manifestação de mal cheiro oriundo de ralos e afins.

Foto: Divulgação.
Compreensão do projeto
O Projeto Hidrossanitário completo pode ter várias abrangências, a depender de seu escopo. Sinteticamente, se divide em quatro itens: 
* Instalações de água fria: Destinadas a alimentação dos equipamentos hidráulicos (torneiras, chuveiros, e outros) o projeto apresenta o dimensionamento e especificação de toda a rede de fornecimento dentro da edificação e em seus arredores, elencando ainda os materiais e elementos apropriados.
* Instalações de água quente: Remetidas ao suprimento de água em pontos específicos, vão desde o ponto de aquecimento de água (painéis solares, aquecedores a gás, ou outros) até sua chegada em torneiras e chuveiros. A canalização específica para água quente deve ser planejada visando eficiência do sistema, para que a água chegue na temperatura certa. 
* Instalações de esgoto sanitário: Além de planejar as instalações e encanamentos que irão conduzir águas servidas, devem ser projetadas de modo a impedir o retorno destas águas nas canalizações de alimentação dos aparelhos, e a entrada de gases de esgotos, roedores ou insetos no prédio.
* Instalações de águas pluviais: Planejamento da infraestrutura para captação e redirecionamento da água da chuva – coletores de água, calhas e condutores, tubulações e reservatórios (quando se deseja armazená-la).
Dentro do âmbito de cada projeto são contemplados cálculos e estimativas, como de demanda de água (quente ou fria), dimensionamento de reservatórios e bombas, caixas de esgoto, fossas sanitárias, dentre outros.

Eficácia no consumo e sustentabilidade
Além de garantir que as instalações hidrossanitárias atendam aos critérios normativos e a demanda de água e esgotamento gerada pelos usuários, o projeto hidrossanitário inclui ainda o planejamento de sistemas de reaproveitamento de água. Existem diversos tipos de sistemas de aproveitamento, sendo mais comum o de águas pluviais. Apesar de exigir um investimento inicial relativamente alto, reduz significativamente o consumo de água tratada, dando retorno financeiro à longo prazo, sendo ainda uma prática altamente sustentável.

Vantagens
A elaboração do Projeto Hidrossanitário corrobora em uma série de benefícios para o processo de construção e o uso da edificação executada: 
- Planejamento e execução das instalações dentro das Normas, garantindo a segurança do sistema;
- Possibilidade de dimensionamento personalizado, atendendo melhor as necessidades do cliente e dos usuários;
- Posicionamento correto dos pontos de consumo, em compatibilização com o planejamento arquitetônico;
- Devido ao Projeto incluir lista detalhada de materiais para orçamento, evitam-se sobras e desperdício na obra;
- Redução no tempo de execução das instalações na obra, bem como em seu custo, já que o projeto determina com grande precisão os materiais necessários, e instrui de forma ilustrativa como devem ser feitas as instalações;
- Facilidade em eventuais manutenções possibilitada com o arquivamento do projeto;

Referências:
PADILHA E RIBEIRO. Projeto Hidrossanitário, Soluções em Engenharia, Empreendimentos, obras e serviços. Disponível em: <https://www.padilharibeiro.eng.br/hidrossanitario> Acesso em: 12/04/2017.




quarta-feira, 12 de abril de 2017

SELOS E CERTIFICAÇÕES DE SUSTENTABILIDADE

Confira os principais selos e certificações de sustentabilidade atuantes no Brasil e o quais os critérios para classificar um edifício como sustentável.


Como tudo começou
Devido à escassez de recursos naturais e outros problemas ambientais gerados pelo homem – como a poluição e o aumento da temperatura do planeta – na década de 80 diversos países uniram-se em prol do tracejo de metas para melhorar a relação homem x meio ambiente, o que gerou o “Relatório Brundtland”. Neste, entre outros aspectos, destaca-se a importância do estímulo ao desenvolvimento de novos materiais para a construção, consumo de fontes alternativas de energia, reciclagem, redução na produção de resíduos, e afins. 
A partir destas diretrizes, desenvolveram-se ao longo dos anos diversas tecnologias e técnicas de aplicação de práticas sustentáveis voltadas para diversas áreas, especialmente para a construção civil.

Foto: Divulgação.

Contexto Brasileiro
No Brasil os selos de sustentabilidade vêm se tornando um objetivo eminente quando se quer construir de forma referencial. Com o grande histórico de geração de resíduos e emissão de gases de efeito estufa, a cada dia mais construtores visam mudar essa imagem, investindo em soluções que atendam aos critérios de aprovação para a conquista de selos/certificados de sustentabilidade. 

Principais Selos e Certificações atuantes no Brasil

AQUA (Alta Qualidade Ambiental do Empreendimento)
Originado no Brasil, foi desenvolvido pela Fundação Vanzolini. Ao todo, estipula 14 critérios aos quais a edificação precisa atender para ser certificada. Estes se dividem entre 04 categorias:
Eco construção: analisa os sistemas e processos da edificação e do canteiro de obras, relação com o entorno e escolha de produtos;
Eco gestão: avalia a gestão de energia, água, resíduos, e manutenções;
Conforto: afere quesitos de conforto visual, térmico, acústico e olfativo;
Saúde: mede a qualidade sanitária dos ambientes;

CASA AZUL – CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Voltado para Edifícios Habitacionais, se divide em três classificações: Bronze, Prata e Ouro. Os principais itens avaliados são:
Qualidade Urbana e práticas sociais;
Projeto e Conforto;
Eficiência Energética e gestão de água;
Conservação de recursos materiais;

PROCEL EDIFICA
Desenvolvido também no Brasil, trata-se de uma “Etiquetagem” que classifica o desempenho energético de uma edificação, visando incentivar construções que explorem ao máximo a iluminação e ventilação naturais em prol de um consumo de energia elétrica mais eficiente. Analisa:
Presença de sistemas energéticos alternativos, como o de aquecimento de água com placas solares, geração de energia solar ou eólica, dentre outros;
Envoltória da edificação;
Tipo de iluminação artificial utilizada e outros equipamentos como elevadores e bombas; 

BREEAM (Building Research Establishment Environmental Assessment Method) 
Desenvolvido no Reino Unido em 1990 abrange a certificação de Edifícios Públicos, comerciais e residenciais, além de loteamentos e bairros. Os principais critérios analisados são:
Gestão da Construção;
Consumo de água a energia;
Contaminação, materiais, transporte e gestão de resíduos;
Saúde e bem-estar;
Uso do terreno;
Ecologia e inovação;

LEED (Leadership in Energy and Environmental Design)
Criado em 1993 nos Estados Unidos, o LEED se divide em diversos tipos de certificações voltadas para construções novas ou antigas, projetos escolares, urbanísticos, unidades de saúde e outros. Dispõe que 04 níveis de classificação – certified, silver, gold e Platinum e analisa os seguintes critérios:
Espaço Sustentável;
Eficiência no uso de água, energia, materiais e recursos;
Qualidade Ambiental Interna;
Inovação e Processos;
Créditos de Prioridade Regional;

Porque certificar seu edifício
Apesar de exigir um investimento maior do que uma edificação em que não se almeja determinada certificação, além do “status” que os selos atribuem a um edifício, eles propiciam direta e indiretamente diversos benefícios, como a valorização do produto na venda/locação, redução de impactos urbanos no entorno, melhor qualidade de vida do usuário, redução geral do impacto ambiental na vida útil, e ainda menores custos de manutenção e infraestrutura.

Referências:
BREAM. Disponível em: http://www.breeam.com/ Acesso em 12/04/2017.
CERTIFICAÇÃO AQUA-HQE. Disponível em: http://vanzolini.org.br/aqua/ Acesso em 12/04/2017.
CERTIFICAÇÃO LEED. Disponível em: http://www.gbcbrasil.org.br/sobre-certificado.php. Acesso em 12/04/2017.
SELO CASA AZUL. Disponível em: http://www.caixa.gov.br/sustentabilidade/produtos-servicos/selo-casa-azul/Paginas/default.aspx. Acesso em 12/04/2017.
SELO PROCEL EDIFICAÇÕES. Disponível em: http://www.procelinfo.com.br/main.asp?View={8E03DCDE-FAE6-470C-90CB-922E4DD0542C}. Acesso em 12/04/2017.



quarta-feira, 29 de março de 2017

MADEIRA "REINVENTADA" - OS NOVOS REVESTIMENTOS DE PISO

Conheça os principais tipos de revestimento de piso que se assemelham a madeira e quais as vantagens de cada um.


Os pisos de madeira 
A madeira é um material atemporal, utilizado há séculos para revestir ou mesmo compor pisos em diversos tipos de edificações – mais comumente utilizada em filetes (tábuas) ou tacos. Extremamente versáteis, os pisos de madeira proporcionam aos usuários uma sensação de aconchego e calor, apresentando também um bom desempenho térmico, e facilidade de limpeza.
Atualmente, com a conscientização contra o desmatamento de árvores e os novos padrões ecológicos de extração, a madeira se tornou um produto valorizado e de custo elevado.
Foto: Divulgação.
Parece madeira, mas não é!
O enobrecimento e aumento no preço de pisos de madeira, aliados a progressos da tecnologia, estimularam o desenvolvimento de novos materiais com estética inspirada na madeira, mas que utilizam de outros compostos para gerar o produto. Dentre estes, destacam-se os pisos laminados, vinílicos, e os porcelanatos.

Principais características e vantagens de cada um

Foto:Divulgação
Pisos de madeira
Os pisos podem ser feitos com diversos tipos de madeira, e também em formatos variados. Atualmente, é possível comprar pisos de madeira “prontos” - dispensando processos como o de raspagem e aplicação de produtos para acabamento - equiparando-se as mesmas facilidades de instalação de pisos “mais modernos”.
O piso de madeira preserva ainda muitas qualidades oriundas deste material:
- Elegância e aspecto “quente”, dando ao ambiente um ar acolhedor;
- Limpeza fácil e rápida, e aspectos hipoalergênicos;
- Material clássico, dificilmente afetado por modas;
- Alta durabilidade e possibilidade de restauro;
- Baixa condutividade térmica;
Apesar das características positivas, os pisos de madeira possuem algumas desvantagens como a necessidade de manutenção, geração de nível de ruído elevada e pouca resistência à água. 

Foto: Divulgação

Pisos de porcelanato
Produzido com uma mistura de porcelana e minerais, este tipo de material é indicado para diversos ambientes, incluindo áreas molhadas, internas e externas. Os modelos que assemelham-se à madeira são vendidos por peças com formato de régua. 
Considerado um piso frio, a principal desvantagem do porcelanato é o desconforto térmico em baixas temperaturas, porém apresenta vantagens como:
- Baixa absorção de água;
- Durabilidade;
- Resistência à abrasão;
- Diversas opções para aspectos estéticos;



Foto: Divulgação

Pisos vinílicos 
O piso vinílico é um revestimento flexível comercializado no formato de “tiras” ou mantas, produzido em PVC. Dentre suas principais qualidades, estão:
- Instalação simples, limpa e rápida;
- Apresenta bons índices de conforto térmico e acústico;
- Alta qualidade de textura (se assemelha muito a madeira);
- Resistente à água e fricções;
- Possibilidade de cortes e outros ajustes para acabamento;
- Facilidade de limpeza;




Foto: Divulgação

Pisos Laminados
Ao contrário do Vinílico e do Porcelanato, o piso Laminado é fabricado com madeira, porém, cada lâmina – que se assemelha a uma tábua - é na verdade composta por aglomerado HDF ou fibras de alta densidade com acabamento artificial, uma espécie de estampa impressa protegida por resina. 
Apesar de não ter resistência a humidade e ser danificado com o contato direto com água ou luz solar, os pisos laminados apresentam uma série de benefícios:
- Variedade de cores e acabamentos estéticos;
- Conforto térmico;
- Fácil instalação e reposição de peças;
- Possibilidade de tratamento antialérgico;
- Facilidade de limpeza;


quarta-feira, 22 de março de 2017

ARQUITETURA E PSICOLOGIA - O QUE É TERAPIA DE AMBIENTES?

O que é e porquê aplicar a Terapia de Ambientes em sua casa ou ambiente de trabalho.


Como funciona a Terapia de ambientes
A Terapia de ambientes é a união de conhecimentos técnicos que propõe - através da prática da arquitetura e do design de interiores - projetar e modificar ambientes de maneira funcional e subjetiva, objetivando valer-se das sensações que materiais, cores, texturas e volumes podem despertar nos usuários, para tornar os ambientes mais adequados ao uso e/ou facilitar sua apropriação.
Muitas vezes, estes conhecimentos são atrelados a práticas empíricas, como o Feng Shui – técnica que busca o equilíbrio do ambiente através da disposição de mobiliário, iluminação, circulação (áreas livres), presença de vegetação, e aspectos sensoriais - visando tornar o espaço mais harmonioso.


Foto: Divulgação
Espaços Funcionais e bem aproveitados
A harmonia dentro de um cômodo é facilmente percebida quando ele é bem organizado – o mobiliário é disposto adequadamente, não existe acúmulo de objetos em cima das superfícies, e a circulação de pessoas é fluida e confortável.
Por isso, o planejamento de interiores é fundamental para criar espaços funcionais – onde se prevê a disposição de móveis e áreas para exercer determinadas funções, pensando também em locais para guardar objetos necessários para as atividades. Assim, é possível manter o ambiente sempre “limpo” – tanto sob aspectos de higiene, quanto visuais.
Essa “visão harmônica” do ambiente proporciona bem-estar aos usuários, que conseguem realizar suas atividades de forma agradável e eficiente. 

Produtividade em ambientes de trabalho
Foto: Divulgação
Em espaços de trabalho é comum a associação do ambiente à situações de estresse, negatividade e mau-humor. Para evitar que isso gere um “clima” desagradável na empresa, diminuindo a eficiência dos funcionários que não se sentirão bem enquanto trabalham, é importante que os espaços internos atendam, além dos quesitos de funcionalidade e organização, a outras estratégias que podem dar a sensação de maior positividade, e que estimulem a criatividade, produtividade, e o entrosamento da equipe.
Neste aspecto entra o uso de cores, texturas e materiais que afora os benefícios citados, melhoram ainda a imagem da empresa e sua relação com os clientes.
Materiais como pedras e pisos cerâmicos dão ao ambiente uma linguagem mais elegante, fria e severa, de pouca apropriação. Outros como a madeira e elementos têxteis, considerados materiais quentes, trazem maior aconchego ao ambiente. Por isso, a utilização de materiais frios é mais indicada em ambientes “neutros”, como halls de entrada, salas de reunião e afins – para passar uma imagem sólida da empresa, enquanto materiais quentes são mais indicados para áreas de permanência dos funcionários.
É evidente que o planejamento do ambiente de trabalho considera também que o “acolhimento” do local deve ser limitado, já que o bom desempenho de tarefas deve ser o principal estímulo. Para isso, planeja-se também a luminosidade de forma que seja apropriada às atividades através de pontos focais adequados, e utiliza-se de cores que propiciem a produtividade.

A influência das cores
As cores são elementos de estímulo imediato para o cérebro humano, podendo influenciar o estado psicológico de várias maneiras. Esta característica permite que o uso das cores certas em um ambiente interfira no comportamento dos usuários. 
Foto: Divulgação
Cores clara, próximas ao branco, e o próprio branco sugere uma imagem simplista que evoca pureza, sobriedade e neutralidade. Em excesso, podem inferir em frieza e esterilidade.
As cores quentes, como amarelo, vermelho, laranja e alguns tons de rosa e roxo – induzem a um comportamento ativo do intelecto e do corpo, estimulando o entusiasmo, a concentração, comunicação, criatividade, paixão, o apetite e o lúdico. Deve-se tomar cuidado com a quantidade de cores quentes empregada, especialmente o vermelho, pois em excesso pode dar ao ambiente um aspecto agressivo e hostil, propendo para a irritabilidade e cansaço dos usuários.
Já as cores frias, como azul, verde e lilás, evocam sensações de harmonia, conservadorismo, calma, boa sorte, serenidade e de contato com a natureza, sendo ideias para ambientes de descanso ou que exijam paciência nas atividades a serem desenvolvidas. Seu uso em demasia pode gerar sonolência e monotonia. Por fim, cores muito escuras, tons de cinza e preto, estimulam a percepção de solidez, segurança, elegância e respeito, sendo muito utilizadas na imagem corporativa.

Equilíbrio entre conceitos
Na hora de planejar um ambiente é importante observar que trata-se de um conjunto de elementos que formará um todo harmonioso. O primeiro passo é garantir que ele seja funcional, e para a decoração não existe receita única – de acordo com as sensações que se pretende estimular, é possível se utilizar de diferentes cores e materiais que, em conjunto, darão ao local personalidade única. 

Referências:

FONTOURA, Aline Wolff. Por que fazer Feng Shui em ambientes? 2015. Disponível em: <http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=42&Cod=1868>. Acesso em: 15 mar. 2017.

TEORIA DAS CORES. Psicologia das cores. 2017. Disponível em: <http://www.teoriadascores.com.br/psicologia-das-cores.php>. Acesso em: 15 mar. 2017.

REDAÇÃO Fórum da construção. As vantagens do Feng Shui na arquitetura corporativa. 2017. Disponível em: <http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=42&Cod=1977>. Acesso em: 15 mar. 2017.


quarta-feira, 15 de março de 2017

MOBILIDADE URBANA

O que é mobilidade urbana e porque o planejamento de ações de mobilidade é importante para o futuro das cidades brasileiras.


Entendendo o termo
A “Mobilidade Urbana” refere-se às circunstâncias de deslocamento de pessoas dentro das cidades, incluindo aspectos como o trânsito de pedestres, ciclistas e veículos – seja particular, público, individual ou coletivo - e também a infraestrutura disponível para este deslocamento: porte do sistema viário, tipos de transporte público disponíveis (metrô, VLT, ônibus...), existência ou não de ciclovias, qualidade das calçadas e demais vias, dentre outros.


Contextualização
Ao longo de décadas o Brasil passou por diversos processos de caracteres sociais e econômicos que interferiram diretamente no modo de ocupar e “utilizar” as cidades. O incentivo ao consumo automobilístico, o adensamento dos grandes centros e a falta de parâmetros de qualidade para o transporte público e infraestrutura viária culminaram num cenário atual catastrófico.
Ainda hoje, o número de veículos particulares nas ruas é crescente, gerando um verdadeiro inchaço no trânsito das cidades e consequentemente conflitos que interferem no direito de ir e vir de cada cidadão, sendo o maior destes os engarrafamentos.

O inchaço de veículos
Além de acarretar em diversos prejuízos para a cidade - como maior custo com a manutenção de vias, dificuldade em mantê-las conservadas, acúmulo de gases poluentes, e aumento das temperaturas no microclima local - o inchaço de veículos contribui para a inexistência de lugares adequados para circulação de bicicleta ou a pé, uma vez que a maior parte das áreas de vias públicas acabam sendo erroneamente destinadas ao trânsito de veículos, em prejuízo dos passeios para pedestres.
Por isso, a promoção de condições qualitativas de mobilidade é um dos principais desafios que as cidades brasileiras enfrentam, principalmente nas áreas centrais. Mas como melhorar a mobilidade urbana nos grandes centros?

Propostas e soluções
Ao redor do mundo, diversos países adotaram medidas para combater o inchaço de veículos. Uma das principais propostas para favorecer a mobilidade urbana está no investimento para melhoria dos meios de transporte públicos coletivos, e na construção de ciclovias e vias de pedestres seguras e contínuas.
Outras soluções adotadas geraram mais polêmicas - como a restrição do trânsito de veículos em áreas centrais e a cobrança dos chamados “pedágios urbanos”. Apesar de seu objetivo ser benéfico (que é incentivar o uso do transporte coletivo, tornando o privado desvantajoso), muitas críticas foram feitas categorizando tais medidas como uma forma de exclusão de cidadãos de baixa renda em determinadas áreas da cidade.
Uma coisa é certa: é preciso que se tenha uma ampliação dos debates no país, para que a partir destes sejam definidas políticas públicas e realizadas ações que possam mesmo que a longo prazo, melhorar a mobilidade urbana das cidades do Brasil.

Referências:
PENA, Rodolfo F. Alves. Mobilidade urbana no Brasil; Brasil Escola. 2017. Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/geografia/mobilidade-urbana-no-brasil.htm>.  Acesso em 08 de março de 2017.

PENA, Rodolfo F. Alves. Mobilidade Urbana: Geografia Urbana. 2017. Disponível em: <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/mobilidade-urbana.htm>. Acesso em: 08 mar. 2017.

Images:
http://files.aredacao.com.br/upload/content/detran-e-ueg-realizam-novo-forum-de-mobilidade-urbana-e-transito-em-goiania.jpeg
http://www.arquitetura.com.br/wp-content/uploads/2014/09/mobilidade-urbana.jpg


quarta-feira, 8 de março de 2017

POR QUE PLANEJAR O CANTEIRO DE OBRAS?

O que é um Canteiro de Obras, como funciona e qual a importância de seu planejamento.


Definição do Canteiro de Obras
O Canteiro de obras pode ser entendido como a área de trabalho destinada à execução e apoio do processo de construção. No local são instalados espaços fixos e temporários, divididos entre instalações operacionais e de vivência.
Antes de iniciar a obra, o Canteiro deve ser definido pensando em que pontos devem estar localizadas tais instalações para que ele permaneça com a mesma configuração o maior tempo possível. Para tal, leva-se em conta como será o processo e método construtivo, a movimentação de máquinas e equipamentos, e o fluxo de trabalho e de materiais.



Áreas operacionais
As áreas operacionais são os espaços necessários para a construção, o que abrange desde sua execução em si até locais para depósito de materiais e cumprimento de funções administrativas, destacando-se:
* Portaria – exerce o controle de acesso do canteiro e guarda os EPIs;
* Escritório – recinto para locação dos funcionários que cuidam do acompanhamento do cronograma de obra e sua fiscalização a nível executivo;
* Almoxarifado – ambiente destinado ao armazenamento de materiais de volume reduzido;
* Depósito – local (a céu aberto ou não) para estocagem de materiais volumosos e de uso recorrente, como sacas de cimento, blocos cerâmicos e afins;
* Núcleos de execução – conforme o sistema construtivo empregado devem ser designadas áreas para manufatura/montagem de cada elemento de execução da obra, como área para concretagem, fabricação da argamassa, processamento e montagem do aço para armação estrutural, dentre outros;

Áreas de vivência
Por normativa, o Canteiro de Obras deve contemplar ainda áreas para uso dos funcionários, que estarão ligadas as suas atividades, sendo elas:
- Vestiário – equipado com armários e bancos;
- Instalações sanitárias – compostas por lavatório, vaso sanitário e mictório, devem ser feitas de forma segura, com distância adequada do posto de trabalho e número proporcional ao de funcionários;
Para obras de grande porte, o canteiro pode ainda necessitar de áreas de vivência como ambulatório, alojamento, áreas de lazer, refeitório, cozinha e lavanderia para uso de trabalhadores alojados.

Fases e Planejamento do Canteiro 
As Fases de execução de uma obra dividem-se basicamente em Inicial, Intermediária e Final. Na fase Inicial considera-se a movimentação de terras e em seguida a concretização das fundações. A partir daí passa-se para a fase intermediária, elencada como a de maior volume de produção, onde são executadas estrutura, vedações e instalações.
Finalmente, a fase Final abrange uma grande quantidade de serviços relacionados a aplicação de revestimentos e acabamento da obra.
O planejamento do canteiro de obras está diretamente relacionado às fases de execução. De acordo com o serviço a ser executado o canteiro necessita de adaptações que, com bom planejamento, ocorrem de forma contínua para alocar materiais, equipamentos e postos de trabalho. Para isso, a elaboração do layout do canteiro é fundamental. O projeto abrange ainda definições e cálculo de demanda das instalações elétricas, e plano para instalações sanitárias.

Vantagens de elaborar o Projeto de Canteiro de Obras
Além do projeto ser um requisito legal, juntamente a ART ou RRT de profissional da área, a elaboração de projeto para o Canteiro reflete em uma série de benefícios, como:
* Concessão de um fluxo de serviços e materiais contínuo;
* Redução do transporte de cargas e materiais através de layout eficiente;
* Diminuição de desperdícios de insumos e recursos da obra;
* Integração de todos os elementos da obra e maior controle de qualidade;
* Determinação prévia da demanda energética necessária para execução da obra considerando os equipamentos de maior relevância e suas condições de uso – gruas, betoneiras, iluminação e outros;
* Previsão de áreas flexíveis para atender a mudanças que possam ocorrer no decorrer da obra;
* Facilitação e melhoria das condições de trabalho;

Referências:
GOMES, Valtencir. O que é canteiro de Obras? 20??. Disponível em: <https://docente.ifrn.edu.br/valtencirgomes/disciplinas/projeto-e-implantacao-de-canteiro-de-obras/elementos-do-canteiro-de-obra>. Acesso em: 01 mar. 2017.

A importância do layout do canteiro de obras. 2015. Disponível em: <http://www.mobussconstrucao.com.br/blog/2015/07/a-importancia-do-layout-do-canteiro-de-obras/>. Acesso em: 01 mar. 2017.

Image: http://arcengenharia.com/blog/wp-content/uploads/2015/10/026092012045855pp-600x350.jpg


quarta-feira, 1 de março de 2017

PROJETO ESTRUTURAL - SEGURANÇA E RACIONALIZAÇÃO PARA A OBRA

O que é um Projeto Estrutural, quais seus objetivos e vantagens de sua elaboração.


O que é preciso saber para elaborar um Projeto Estrutural?
O projeto estrutural consiste na determinação e dimensionamento dos elementos portantes de uma edificação, ou seja, elementos que suportarão o peso da própria construção e as demais cargas, oriundas de mobiliário, equipamentos específicos e ocupação de público. Geralmente, estes elementos se dividem principalmente entre fundação, pilares, vigas e lajes. 
A definição do tipo de estrutura e tipo de fundação obedece a uma série de condicionantes, dentre eles o layout arquitetônico, características morfológicas e topográficas do terreno, características das edificações vizinhas, dentre outros.



Segurança da Fundação à Cobertura
Sabendo-se quais as cargas solicitantes para a estrutura (conforme tipo de telhado, peso próprio da construção, e outros condicionantes) um Projeto Estrutural bem elaborado objetiva criar uma estrutura que trabalhe de maneira homogênea, sem que hajam pontos de sobrecarga. Visa ainda adotar a melhor solução para a distribuição das cargas solicitantes e garantir a integridade da estrutura e da edificação. A determinação das cargas e como se distribuem na estrutura é fundamental também para escolher o tipo de fundação mais apropriado, aliando-se estas informações ao tipo de solo e perfil do terreno.

Danos evitados
Resultando em uma estrutura harmônica e segura, a elaboração do Projeto Estrutural evita diversas patologias infelizmente muito comuns em construções, como trincas e fissuras no reboco, afundamento de piso, queda de revestimentos, e outros. O mais importante é que o projeto garante uma estrutura segura, eliminando riscos de desabamentos e outros acidentes que possam causar prejuízos patrimoniais e à vida dos usuários.

Estrutura x Instalações 
A elaboração do Projeto Estrutural é fundamental também para o desenvolvimento de outros projetos, como o elétrico e o hidrossanitário. É imperativo preservar a integridade de todo e qualquer tipo de estrutura e por isso as instalações hidrossanitárias e elétricas devem ser planejadas de forma não confrontante com vigas, pilares, ou outros elementos portantes. Quando não existe alternativa além de “cortar” um destes elementos, é papel do Projeto Estrutural prever furações para sua passagem, de modo que elas não interfiram na segurança que o corpo estrutural deve oferecer.

Planejamento e Economia
Além da evidente segurança que o cálculo estrutural proporciona, sua elaboração tem outras vantagens, como a minimização de conflitos entre estrutura e tubulações - que geram retrabalhos e prejuízos de tempo e dinheiro – redução das possibilidades de aparecimento de patologias e possível encurtamento no tempo de execução da obra.
Este encurtamento é possível graças ao lançamento de diretrizes para o cronograma de obra possibilitado pelo projeto. De acordo com o tipo de estrutura escolhido, planeja-se o tempo de execução e quais suas etapas. Proporcionalmente, a exigência por sistema de rápida execução tem que ser pensada durante a elaboração do projeto, pois pode interferir na resistência dos materiais utilizados e em outros aspectos. Estas informações, aliadas ao planejamento da execução de alvenarias, vedações, e instalações, garantem uma obra mais eficiente e econômica.
Muitas construções feitas sem Projeto Estrutural têm suas estruturas superdimensionadas, o que aumenta consideravelmente os gastos com materiais. Os quantitativos gerados com o projeto demandam a quantidade de material realmente necessária para a edificação, evitando gastos com materiais desnecessários e desperdícios.

Referências:
KOERICH, Rodrigo. Quais informações preciso para começar um projeto estrutural? 2015. Disponível em: <http://maisengenharia.altoqi.com.br/estrutural/quais-informacoes-preciso-dispor-para-comecar-um-projeto-estrutural/>. Acesso em: 25 fev. 2017.

RODRIGUES, Elyzia. A importância do projeto ou cálculo estrutural. 2015. Disponível em: <http://www.dicadaarquiteta.com.br/2015/09/a-importancia-do-projeto-ou-calculo.html>. Acesso em: 25 fev. 2017.

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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

CAPTAÇÃO E REUSO DE ÁGUAS PLUVIAIS

Confira como funciona um sistema de captação e reaproveitamento de águas pluviais, quais suas vantagens e quais os principais cuidados para sua utilização.


Porque utilizar a água da chuva
Há alguns anos, a constatação de que a água potável é um bem esgotável surpreendeu grande parte da população, e por muito tempo foi até mesmo desacreditada. Mas é fato – estima-se que até 2050 a escassez de água já afetará cerca de 2/3 da população mundial. Nas últimas décadas foram desenvolvidas diversas campanhas de conscientização sobre o consumo da água, divulgando medidas que podem amenizar o gasto individual – dentre elas o uso de Sistemas de Captação e Reuso de Água da Chuva.

Como funciona 
Antes de instalar um sistema de reaproveitamento de água pluvial é necessário que a edificação disponha de um sistema de captação desta água – como calhas e condutores – que deverá redirecioná-la para um reservatório de armazenamento.
A chuva que escoa pela cobertura - no telhado, em bacias coletoras (para lajes ou telhado verde) ou outros - é captada pelas calhas e/ou tubulações de captação.  Antes de chegar ao reservatório a água passa por um filtro grosseiro que elimina mecanicamente impurezas – folhas, galhos, e afins – e em seguida por filtros finos, pelo separador e pela unidade de desinfecção, e enfim é armazenada.
A partir do reservatório, a água é distribuída através de uma rede hidráulica exclusiva. Por se tratar de água não potável, seu uso deve ser limitado a torneiras de jardim, vasos sanitários (para descarga) e afins.


O que é preciso para implantar um sistema de reaproveitamento?
Existem diversos tipos de sistemas de captação e reuso de águas pluviais – desde os mais simples e de baixo custo, até sistemas de maior complexidade e magnitude. Em geral, sua implantação exige pelo menos a utilização de calhas e coletores, filtro grosseiro, filtro de areia (retém contaminantes presentes na água), filtro desferrizador (neutraliza o ferro e o manganês), separador de primeiras águas, unidade de desinfecção (emprega na água o cloro, radiação ultravioleta ou outras substâncias para tratamento da água), reservatório e rede de distribuição.
Para realizar a distribuição da água, e necessário que haja uma pressão mínima na rede, que pode ser feita por gravidade (quando o reservatório estiver acima do nível dos pontos de utilização) ou por bombas e motores de pressurização. A rede de distribuição é em geral composta por tubulações, caixas de passagem e encaixes. Dependendo das dimensões da rede de distribuição, podem ser necessárias também caixas de alimentação secundárias.

Reaproveitamento pede projeto
Para obter um Sistema de reaproveitamento de água pluvial eficiente é preciso levar em conta diversos fatores – condicionantes climáticos, valor a ser investido, recursos para manutenção, dentre outros. Para que ele funcione adequadamente é imprescindível considerar o tamanho do telhado (ou bacia coletora) e a quantidade de chuva normalmente precipitada na região, dados básico para dimensionar as calhas e captores, tubulações da rede e o volume do reservatório.
Existem ainda diferentes tipos de equipamentos que podem ser utilizados que se adequam melhor a diferentes necessidades, características da edificação ou da rede a ser criada. Para determinar qual o melhor equipamento para cada caso e dimensionar corretamente o sistema é fundamental a elaboração de um Projeto de Captação e Reaproveitamento Pluvial.


Vantagens e cuidados
Os sistemas de reuso de água de chuva exigem alguns cuidados para seu correto funcionamento, principalmente relacionados à manutenção. É necessário realizar uma limpeza periódica das calhas e coletores, para que seu entupimento não prejudique a captação, bem como trocar e/ou limpar regularmente os filtros. O reservatório deve estar sempre bem vedado e longe da luz solar direta.
Para o usuário, a principal vantagem da implantação de um sistema de reaproveitamento é a redução de até 50% da água consumida pela edificação - e consequentemente do valor da conta de água. Mas seus benefícios vão além - esta prática contribui também para melhor escoamento pluvial nos núcleos urbanos, ajuda no racionamento da água potável em regiões com crises hídricas, e o mais importante – é uma atitude responsável e sustentável, pois a economia de água limpa pode fazer com que ela chegue a quem mais necessita.


Referências:
EQUIPE ECYCLE. Captação de água de chuva: conheça as vantagens e cuidados necessários para o uso da cisterna. 201?. Disponível em: <http://www.ecycle.com.br/component/content/article/43-drops-agua/3301-o-que-e-cisterna-tecnologia-projeto-sistema-solucao-alternativa-aproveitamento-reaproveitamento-reuso-captacao-coleta-agua-chuva-pluviais-reservatorio-armazenamento-deposito-caixa-de-agua-casa-condominio-consumo-humano-como-onde-encontrar-comprar.html>. Acesso em: 17 fev. 2017.

ECOCASA. Aproveitamento de água da chuva. 2016. Disponível em: <http://www.ecocasa.com.br/aproveitamento-de-agua-de-chuva>. Acesso em: 17 fev. 2017.

NUNES, Cristiane. Aproveitamento de água da chuva: para uso não potável. 2015. Disponível em: <http://sustentarqui.com.br/dicas/aproveitamento-de-agua-de-chuva-para-uso-nao-potavel/>. Acesso em: 17 fev. 2017.

Images:
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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

TETO VERDE – UMA SOLUÇÃO SUSTENTÁVEL

Conheça mais sobre o teto verde - uma solução ecológica e eficiente com inúmeros benefícios.


O que é
Também chamado de “Laje Jardim”, o Teto Verde pode ser entendido como uma técnica de “acabamento” para a cobertura de uma edificação, que se caracteriza pelo plantio de vegetação de pequeno ou médio porte sobre as construções. 


Execução e condições para aplicação
Para execução do teto verde é necessário que a superfície de aplicação – em geral uma laje de cobertura – tenha resistência estrutural adequada e esteja completamente impermeabilizada. Após, deve ser instalado um sistema de drenagem da cobertura.
Sua instalação pode ser feita de diferentes maneiras e com diversos tipos de componentes, de acordo com o tipo de vegetação e resultado que se pretende obter. Em geral, com a impermeabilização e drenagem da superfície de aplicação prontas, deposita-se uma manta de estanqueidade, seguida de camadas de argila expandida, uma manta permeável (que protege a laje para que as raízes não danifiquem a estrutura) e o substrato (solo altamente fértil para o desenvolvimento da vegetação). 
Com o substrato finalizado, pode-se realizar o plantio de diversos tipos de plantas – pisoteáveis ou não – como gramíneas, ervas, e arbustos. Pode-se até mesmo criar uma pequena horta, com hortaliças e vegetais, dando preferência aos de raízes rasas.

Principais Vantagens
A aplicação de lajes jardim oferece enormes benefícios não apenas para a edificação, como também para o entorno como um todo. Destacam-se:
- Melhoria da qualidade do ar devido a produção de oxigênio das plantas;
- Redução do efeito das “Ilhas de calor” – fenômeno ocorrido principalmente nos grandes centros, onde a incidência solar nas superfícies impermeabilizadas como lajes, asfalto e afins produz um aumento na temperatura local;
- Diminuição do risco de enchentes nos centros urbanos, visto que o teto verde retém a água em primeiro momento, absorvendo parte dela e escoando o restante aos poucos de modo a não sobrecarregar o sistema público de drenagem;
- Regularidade na umidade do ar nos arredores da edificação;
- Melhora o isolamento térmico da edificação – a laje jardim absorve a maior parte do calor externo e impede a insolação direta na laje de cobertura, evitando que os ambientes internos aqueçam;
- Melhora o desempenho de isolamento acústico da construção;
- Possui agradável aspecto visual;
- Possibilita o uso de áreas da edificação que na maioria das vezes são ociosas, criando espaços de lazer e contemplação;
Estes benefícios podem promover aspectos de sustentabilidade para a edificação direta e indiretamente, por exemplo a redução do uso de ar condicionado e consequentemente do consumo energético. Além disso, a solução tem durabilidade duplicada ao se comparar com telhados tradicionais.

Precauções e Manutenção
Antes de implantar uma laje jardim são necessárias algumas verificações e cuidados. Primeiramente é preciso garantir que a estrutura da superfície de aplicação suportará o peso do teto verde e no caso de jardins pisoteáveis, considerar também a carga solicitante de usuários, mobiliário e afins. Se o projeto da edificação não foi feito com pretensão de implantar um teto verde, deve-se contratar um engenheiro especialista em estruturas para avaliar o local.
É preciso também atentar-se à execução, que carece de mão de obra especializada. Um teto verde mal executado pode resultar em problemas como infiltração e vazamentos. 
A manutenção dos sistemas de drenagem e da vegetação, de modo aproximado à de um jardim comum, deve ser regular e bem executada para garantir uma aparência agradável, e que a técnica não traga nenhum tipo de dano.  


Referências
RAFAEL LOSCHIAVO (São Paulo). Ecoeficientes - Escritório de Arquitetura Especializado em Sustentabilidade. O que é e como fazer um Telhado Verde. 2013. Disponível em: <http://www.ecoeficientes.com.br/o-que-e-e-como-fazer-um-telhado-verde/>. Acesso em: 08 fev. 2017.
Image: http://paulaodorcyk.com.br/novo-site/wp-content/uploads/2013/07/telhadoeco.jpg

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

WOOD FRAME - CONSTRUÇÃO RÁPIDA E EFICIENTE

Confira como é construída uma edificação em wood frame, os principais materiais utilizados e as vantagens deste sistema construtivo.


Construindo com perfis e chapas de madeira
O Wood frame é um sistema construtivo estruturado por perfis leves de madeira maciça contraventados por chapas OSB – painéis formados por tiras de madeira unidas de forma perpendicular com resinas de aplicação à alta temperatura e pressão. Este processo garante às chapas grande resistência e rigidez. 
Configurado como um sistema construtivo a seco, a partir da execução da fundação, basta iniciar a “montagem” da estrutura dos perfis – que formará uma espécie de esqueleto onde é fixado o OSB e posteriormente outros elementos de vedação.



Vedações em camadas
A construção de vedações (paredes) no sistema wood frame é feita utilizando diversos elementos, sendo os principais - painéis OSB, placas cimentícias, placas de gesso e materiais isolantes – podendo ter algumas variações. 
Os painéis OSB são o primeiro fechamento da estrutura de madeira, e para preencher o interior da parede são utilizados materiais para isolamento termo-acústico, como lã de vidro, lã de pet ou outros. Também no interior da parede são distribuídos os dutos de instalações elétricas, hidráulicas, e congêneres. 
Após o OSB, a parede ainda recebe uma placa de gesso acartonado na face interna, e uma membrana hidrófuga (para proteção da madeira) e placa cimentícia na face externa. Com todos os elementos instalados, basta aplicar o acabamento de preferência – podendo ser pintura acrílica, revestimentos cerâmicos, papéis de parede, ou outros.



Principais vantagens de se construir em Wood Frame
O sistema construtivo, por si só, oferece diversas vantagens, como:
- Alta resistência mecânica e física;
- Durabilidade;
- Maior conforto térmico e acústico se comparado com a alvenaria tradicional, devido a possibilidade de uso de materiais isolantes;
- Facilidade na manutenção das instalações – precisa trocar uma tomada? Basta retirar o gesso do local de forma simples e concisa, e repô-lo quando tudo estiver pronto;
- Possibilidade de pré-fabricação industrial – todos os elementos da obra podem ser feitos previamente e levados prontos para a obra, onde serão apenas montados;
Aliando o Wood Frame a processos de pré-fabricação são alcançadas outras vantagens, por exemplo:
- Geração de até 85% menos entulho em comparação com a alvenaria tradicional;
- Redução do tempo de execução da obra de até 50% em comparação com a alvenaria;
- Maior controle de qualidade dos materiais e processo de construção;
- Fidelidade orçamentária e diminuição significativa de surpresas desagradáveis durante a obra; 

Dissolvendo o “pré-conceito”
No Brasil, existe ainda um “bloqueio” por boa parte da população em relação a sistemas construtivos diferentes da alvenaria e concreto armado. Apesar disso o wood frame, assim como outros sistemas construtivos a seco já populares em outros países, tem aos poucos ganhado espaço por aqui.
Muitas pessoas acreditam que o wood frame não é resistente, que suas paredes são ocas e frágeis, ou que a construção fica demasiadamente suscetível a danos por umidade e cupins, o que não passa de especulação.  Como já dito, o sistema construtivo possui excelentes índices de segurança, resistência e durabilidade. Toda a madeira utilizada é autoclavada, um tratamento que a protege de quaisquer agentes nocivos. Os materiais utilizados para compor a construção promovem, em conjunto, conforto, solidez, segurança e longevidade para toda a construção. 

Referências:
SILVA, Fernando Benigno da. Wood frame­: construções com perfis e chapas de madeira. 2010. Disponível em: <http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/161/sistemas-construtivos-286726-1.aspx>. Acesso em: 02 fev. 2017.
ATOS ARQUITETURA (São Paulo). Dicas para quem vai construir sua casa: Construção em Wood Frame. Disponível em: <http://atosarquitetura.com.br/noticias/dicas-para-quem-vai-construir-sua-casa-construcao-em-wood-frame/>. Acesso em: 02 fev. 2017
Images:
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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

ARQUITETURA PARA TODOS - ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO

O que é acessibilidade, critérios básicos para uma arquitetura acessível e qual sua importância social.



O que é acessibilidade?
Em arquitetura, a acessibilidade pode ser entendida como o planejamento de edificações visando possibilitar condições de deslocamento e uso de equipamentos, mobiliários e ambientes, de forma segura e autônoma para todos os usuários. 
Para um local ser considerado acessível é preciso que ele atenda a necessidades específicas oriundas de limitações motoras ou de locomoção. Estas limitações são normalmente causadas por situações temporárias ou permanentes - gravidez, deficiência física, deficiência visual, mobilidade reduzida pelo uso de muletas, bengala ou similares, pela obesidade ou outros fatores.
Por exemplo: Uma mãe com carrinho de bebê não poderá se locomover de forma segura e independente se existirem degraus em seu caminho; um cadeirante não conseguirá usar o banheiro se não houverem equipamentos e espaço suficiente para que ele se apoie e assuma posição adequada para utilizar os aparelhos sanitários sozinho. 
Assim, a arquitetura acessível busca solucionar em projeto todos os possíveis conflitos e dificuldades enfrentados por deficientes, idosos, gestantes e obesos, garantindo que estes usuários consigam utilizar o local com a mesma facilidade que os demais. 



Desenho Universal
O “Desenho Universal” trata-se de um conjunto de preceitos que auxiliam na criação de ambientes e equipamentos que propiciem uso universal, ou seja, que tenham livre acesso e sejam passíveis de utilização ou realização de atividades e tarefas cotidianas para todo ser humano. Consequentemente, visa evitar a necessidade de ambientes e produtos exclusivos para pessoas com deficiências, assegurando que todos possam utilizar e acessar os diversos espaços construídos e seus objetos.
Adotado inicialmente pelo EUA e rapidamente disseminado no mundo todo, o Desenho Universal visa buscar maneiras de reduzir as barreiras enfrentadas por pessoas com deficiências ou algum tipo de restrição, não apenas sob uma ótica arquitetônica, mas também na concepção de produtos e na comunicação visual. 

Preceitos básicos para a Arquitetura Universal
Além dos princípios concebidos pelo Desenho Universal, existem critérios pré-estabelecidos para promover a acessibilidade arquitetônica, relacionados ao dimensionamento dos ambientes, locais de passagem e rampas, à sinalização inclusiva, ao uso de pisos táteis e outros aspectos. 
Estes critérios são estabelecidos por norma – mais precisamente a NBR 9050, que fala de acessibilidade para projetos arquitetônicos. Os principais critérios estabelecidos pela norma são:
- Adotar largura mínima para portas de 80cm;
- Tomar como largura mínima para corredores de passagem 90cm;
- Prever áreas de manobra (curva 90º ou meia-volta) para cadeirante, obedecendo tamanho mínimo estabelecido por raios de circunferência de 120cm ou 150cm.
- Obedecer uma inclinação máxima para rampas de até 8%;
- Augurar lugar para “locação” de cadeirante em espaços públicos como teatros e auditórios (colocação junto à plateia);

Arquitetura acessível e inclusiva
A acessibilidade deve ser algo contínuo – de que adianta uma rampa que “leve” da entrada da edificação ao hall, sem que do hall se possa ir para outro local? O objetivo de uma arquitetura acessível é induzir ao uso e apropriação da edificação, facilitando o exercício das atividades ali propostas para qualquer indivíduo - uma arquitetura feita para o uso de todos.
O atendimento à norma de acessibilidade resulta não apenas em uma arquitetura universal, mas também uma arquitetura que promove a inclusão social de indivíduos. Promover espaços acessíveis é respeitar a diversidade humana e assegurar a todos o direito a mobilidade, do acesso a cidade e aos espaços públicos. 


Referências
DEGREAS, Helena. O que é Desenho Universal? 2010. Disponível em: <https://helenadegreas.wordpress.com/2010/02/02/o-que-e-desenho-universal/>. Acesso em: 23 jan. 2017.
CARLETO, Ana Claudia; CAMBIAGHI, Silvana. Desenho Universal: Um conceito para todos. Disponível em: <http://www.vereadoramaragabrilli.com.br/files/universal_web.pdf>. Acesso em: 23 jan. 2017.
PIEMONTE, Leonetti. A arquitetura inclusiva é a arquitetura que respeita a diversidade humana e gera acessibilidade para todos. 2016. Disponível em: <http://leonettipiemonte.arq.br/site/?p=1611>. Acesso em: 23 jan. 2017.
 Images:
http://adoroarquitetura.com.br/wp-content/uploads/Adoro-Arquitetura_Lulu-Andrade_Acessibilidade-e1447678662199.jpg
http://projemak.com.br/cms-content/uploads/2016/08/acessibilidade-na-arquitetura.jpg